Ylê Afro de Oyá

Lendas dos Orixás

Lendas dos Orixás

Lenda dos orixás

Blog de afroumbandista :Mãe Fatima de OYÁ, Lenda dos orixás

BARÁ APRENDE A TRABALHAR COM OGUM
Bará era um menino muito esperto,
Todo mundo tinha receio de suas artimanhas,
Ele enganava todo mundo, queria sempre tirar sua vantagem.
Sua mãe sempre o reprendia e o amarrava no portão da casa para ele não ir a rua fazer traquinagens.
Bará ficava ali na porta, esperando alguem se aproximar e então pedia seus favores, fazia suas artes e ali se divertia.
Só deixava passar quem lhe desse alguma coisa.
Sua mãe então chamou Ogum e disse a ele para ficar junto com Bará e dele tomar conta.
Ogum era responsável e trabalhador.
Ogum Avagã sempre ficou morando com Bará.
Juntos eles moram na porta da casa e se dão bem.
Bará continuou um menino danado, mas com Ogum aprendeu a trabalhar.
Agora ele ainda se diverte com todos, mas para todos faz o seu trabalho.
Todos procuram Bará para alguma coisa.
Todo mundo precisa dos favores de Bará.

(nota do Babalorixá Rogério D'Oxalá)
Essa lenda explica o porque de Bará Lodê e Ogum Avagã morarem juntos e cuidarem da porta e dos cruzeiros do Casa de Religião. São assentados no mesmo momento e também dividem a comida e os privilégios de serem os primeiros a serem saudados . Respondem no "meio do cruzeiro".
b) OGUM ENSINA AOS HOMENS AS ARTES DA AGRICULTURA
Ogum andava aborrecido no Orum, queria voltar ao Aiê e ensinar aos homens tudo aquilo que aprendera.
Mas ele desejava ser ainda mais forte e poderoso, para ser por todos admirado por sua autoridade.
Foi consultar Ifá, que lhe recomendou um ebó para abrir os caminhos.
Ogum providenciou tudo antes de descer ao Aiê.
Veio ao Aiê e aqui fez o pretendido.
Em pouco tempo foi reconhecido por seus feitos.
Cultivou a terra e plantou, fazendo com que dela o milho e o inhame brotassem em abundância.
Ogum ensinou aos homens a produção do alimento, dando-lhes o segredo da colheita, tornando-se assim o patrono da agricultura.
Ensinou a caçar e a forjar o ferro.
Por tudo isso foi aclamado rei de Irê, o Onirê.
Ogum é aquele a quem pertence tudo de criativo no mundo, aquele que tem uma casa onde todos podem entrar.


c) OYÁ GANHA DE XAPANÃ O REINO DOS MORTOS

Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes. Xapanã chegou vestido com seu capucho de palha.
Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Só Oyá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.
Tanto girava Oyá na sua dança que provocava o vento.
E o vento de Oyá levantou as palhas e descobriu o corpo de Xapanã. Para surpresa geral era um belo homem.
O povo o aclamou por sua beleza.
Xapanã ficou mais que contente com a festa, ficou grato.
E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino.
Fez de Oyá a rainha dos espíritos dos mortos.
Rainha que é Oyá Igbalé, a condutora dos eguns.
Oyá então dançou e dançou com alegria.
Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dança agora, agita no ar o iruquerê, o espanta mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.
Rainha Oyá Igbalé, a condutora dos espíritos, Rainha que sempre foi a grande paixão de Xapanã.
(Nota do Babalorixá Rogério D'Oxalá)
Uma das lendas que explica a ligação e o poder de Oyá sobre os eguns, além daquela em que ela, Oyá, dá luz ao seu nono filho que é Egungun, o antepassado criador de cada família.

d) XANGÔ SE TORNA O ORIXÁ DA JUSTIÇA

Xangô e seus homens lutavam com um inimigo implacável.
Os guerreiros de Xangô, capturados pelo inimigo, eram mutilados e torturados até a morte, sem piedade ou compaixão. As atrocidades já não tinham mais limites.
O inimigo mandava entregar a Xangô seus homens aos pedaços.
Xangô estava desesperado e enfurecido.
Xangô subiu no alto de uma pedreira perto do acampamento e dali consultou Orunmilá sobre o que fazer.
Xangô pediu ajuda a Orunmila.
Xangô estava irado e começou a bater nas pedras com seu oxé , o machado duplo.
O machado arrancava das pedras faíscas, que acendiam no ar
famintas linguas de fogo, que devoravam os soldados inimigos. A gu
erra perdida se transformou em vitória.
Xangô ganhou a guerra.
Os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô foram dizimados por um raio que Xangô disparou no auge de sua fúria.
Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Xangô.
A partir daí, o senso de justiça de Xangô foi admirado e cantado por todos.
Através dos séculos, os Orixás e os homens tem recorrido a Xangô para resolver todo o tipo de pendência, julgar as discordâncias e administrar a justiça.


A INICIAÇÃO

É um conjunto de rituais internos a que se submete o iniciado, visando sua feitura na lei do santo.
Existem diferentes rituais de iniciação, mas antes de falarmos sobre eles, convém ressaltar alguns detalhes importantíssimos para que esses rituais surtam os efeitos realmente esperados, tanto no lado material quanto no lado espiritual do futuro filho de santo.
Nem todos os problemas de ordem espiritual são resolvidos com a iniciação. Pelo contrário, muitas vezes acaba por virar de vez a vida daquele que se submeteu a iniciação, se não era o caso .
Os problemas apresentados pelo então candidato a iniciação devem ser muito bem analisados e a consulta aos búzios é imprescindível nesses casos, pois através deles, os búzios, é que o Orixá irá dizer o que deve ser feito e, se é o caso de iniciação, qual o tipo a ser feito.
Salienta-se isso pois no dia-a-dia é comum recebermos pessoas alegando problemas espirituais, que "falaram" que era preciso fazer o santo, que "seu protetor estava fraco" e assim por diante, e em muitos casos, após a consulta aos búzios, verifica-se que com uma boa "limpeza", um "banho de sacudimento", uma "abertura de caminhos" e "axés" para algum Orixá em específico, tudo volta a paz e os problemas somem .
Existem até aqueles que por gostarem e acharem bonitos os rituais e festas (batuques), querem ser do santo também.
Mas há casos em que a feitura em alguma modalidade é quase que obrigatória pois o Orixá, por algum motivo deseja ser consagrado naquele "orí" e aí ele vai claramente mostrar isso através dos búzios.
O tipo de feitura também é de fundamental importância, pois não se deve imputar uma responsabilidade maior do que aquela que o iniciado estaria preparado para suportar, ou seja se o Orixá pede um "aribibó" por que fazer um assentamento com animal de 04 pés.
É uma questão de muita responsabilidade e por isso deve ser muito bem analisada, para que realmente surta efeitos positivos na vida do futuro filho de santo, pois o Orixá é paz, prosperidade, saúde e alegria, e não mágoas, dores, etc.
Os rituais de iniciação, pela ordem ascendente são:
O AMACY, que consiste em lavar o "orí" com mieró de ervas específicas do Orixá daquele filho(a).Não é consagrada quartinha nem é feito "borí".
O ARIBIBÓ, que consiste em sacrificar no "orí" do iniciado um casal de pombos na cor do Orixá em questão (Oxalá brancos, Ogum cor de telha, etc. ...). Não é feito o "borí" nem consagra-se "quartinha".
O BORÍ com aves, que consiste em sacrificar no "orí" do iniciado 02 aves (galo ou galinha, cfe o Orixá dono do "orí") e também 02 aves no corpo, consagradas ao Orixá dono do corpo (juntó) . Nesse caso é feito junto o "borí" e as "quartinhas" nas cores dos Orixás em questão. Não é feito assentamento no "ocutá", pedra que representa o Orixá.
O BORÍ com 04 pés, que consiste em sacrificar um animal de 04 pés (cabrito, cabrita, ovelha ou carneiro, dependendo do Orixá em questão) no "orí" do iniciado, no "borí" e no "ocutá" que representa o Orixá que está sendo assentado, e um animal de 04 pés no corpo do iniciado, no "ocutá", que representa o Orixá que está sendo assentado para o corpo, o "juntó", bem como aves para a cabeça e corpo . Também são consagradas quartinhas nas cores dos Orixás em questão.
Em qualquer um desses tipos de iniciação, o filho de santo observará um período de reclusão junto ao quarto de santo (pejí) , que varia de 01 a 07 dias. Essas obrigações podem ser feitas em silencio ou com toque (tambor), tirando as rezas conforme os Orixás que estão recebendo obrigações.
Existem também certos preceitos que deverão ser observados a partir de então pelo filho de santo, conforme seu Orixá.


 
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